A brincadeira de faz de conta e sua influência no processo de alfabetização de crianças cegas

  • Fabiana Alvarenga Rangel Instituto Benjamin Constant
  • Sonia Lopes Victor Universidade Federal do Espírito Santo
Palavras-chave: Brincadeira de faz de conta, Alfabetização, Criança, Cegueira

Resumo

EEste artigo apresenta considerações de natureza histórico-cultural, basicamente assentadas em Vygotski,
quanto ao desenvolvimento da brincadeira de faz de conta e seus possíveis atravessamentos no processo de
alfabetização de crianças cegas. Toma-se por pressuposto a importância da brincadeira de faz de conta no
desenvolvimento das funções psicológicas da criança cega, abordando particularidades do desenvolvimento
psíquico dessas crianças, bem como a brincadeira de faz de conta e respectivas implicações na aquisição da
linguagem escrita e em seu processo de alfabetização. Conclui-se que o processo de alfabetização da criança
cega é potencializado nas brincadeiras de faz de conta, em face das operações envolvidas, levando ao
desenvolvimento da função simbólica – elemento primordial no aprendizado da leitura e da escrita. Observase, ainda, pouco investimento na brincadeira de faz de conta tanto nas práticas pedagógicas apresentadas à criança cega como nos estudos e pesquisas sobre as particularidades presentes na brincadeira de faz de conta e entroncamentos com o processo de alfabetização dessa criança.

Biografias dos Autores

Fabiana Alvarenga Rangel, Instituto Benjamin Constant

Graduada em Pedagogia, é doutora e mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, na linha
“Diversidade e Práticas Educacionais Inclusivas”. Atualmente, realiza estágio de pós-doutorado pela Universidade
Federal do Espírito Santo. É professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental no Instituto Benjamin Constant,
tendo assumido, em 2016, a supervisão do Departamento de Educação desse Instituto. Coordena o grupo de
pesquisa “Trajetórias, histórias e vida de alunos do Instituto Benjamin Constant” e tem, como foco de pesquisa, os
aspectos diversos da educação de pessoas com deficiência visual e deficiência intelectual.

Sonia Lopes Victor, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestre em Educação Especial pela
Universidade Federal de São Carlos, doutora e pós-doutora em Educação pela Universidade de São Paulo.
Atualmente, é professora Associada IV do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo, vinculada
ao Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais e credenciada no Programa de Pós-Graduação em
Educação da referida universidade na linha de “Diversidade e Práticas Educacionais Inclusivas”. Coordena o Núcleo
de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação Especial CE/UFES. Coordena o Grupo de Pesquisa em Infância,
Cultura, Inclusão e Subjetividade (Grupicis), registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Desde 2010,
é membro da Rede Nacional de Pesquisadores em Educação Especial, no Observatório Nacional de Educação
Especial. Organizou livros e publicou artigos sobre formação de professores, jogo infantil, avaliação, políticas e
práticas pedagógicas na perspectiva da inclusão, com foco na área de Educação Especial

Publicado
2020-03-31
Seção
Artigos Livres