A tecnologia assistiva para promoção da aprendizagem e inclusão social do aluno com deficiência

  • Saul Eliahú Mizrahi Núcleo de Tecnologia Assistiva do INT
  • Janete Rocha Cicero Instituto Nacional de Tecnologia
Palavras-chave: Tecnologia assistiva, Inovação, Escola inclusiva, Acessibilidade, Tecnologia de informação e comunicação

Resumo

As redes de ensino público das cidades brasileiras, em sua maioria, não possuem condições satisfatórias
que permitam aos estudantes com algum tipo de deficiência ter acesso à educação. Essa situação é ainda
mais alarmante no caso dos alunos oriundos da parcela mais carente da população, embora existam políticas
públicas inclusivas. As redes de ensino públicas brasileiras carecem de ferramentas, metodologias e
infraestrutura física que garantam aos estudantes condições de acesso adequado ao ensino e às
possibilidades de inclusão. Pesquisas apontam ausência de recursos didáticos para apoio ao processo de
ensino e aprendizagem no contexto da educação inclusiva. Observou-se atividade de adaptação de objetos
pedagógicos específicos realizada de maneira artesanal nas escolas. Tal observação serviu de ponto de
partida para o desenvolvimento e a produção de recursos pedagógicos para a pessoa com deficiência. Ao
se preencher essa lacuna, busca-se contribuir como um polo de pesquisa, desenvolvimento e inovação em
tecnologia assistiva, garantindo-se a inclusão da pessoa com deficiência, nas linhas de mobilidade, esporte
e educação inclusiva. Nesse sentido, tem sido possível desenvolver tecnologias para pessoas com deficiência
visual e auditiva, abrindo a oportunidade de transferência de tecnologia para o setor privado com base na
Lei de Inovação para a promoção do desenvolvimento econômico e social. Neste artigo, destaca-se o projeto
do Mural Eletrônico Acessível com Braille Dinâmico como tecnologia de informação e comunicação para a
inclusão da pessoa com deficiência visual.

Biografias dos Autores

Saul Eliahú Mizrahi, Núcleo de Tecnologia Assistiva do INT

Doutor em Engenharia de Produção – COPPE/UFRJ. Pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) da Divisão de Engenharia de Avaliações e de Produção (DEAP). Coordenador Substituto do Núcleo de Tecnologia Assistiva do INT.

Janete Rocha Cicero, Instituto Nacional de Tecnologia
Mestre em Tecnologia – CEFET-RJ. Pesquisadora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) da Divisão de Engenharia de Avaliações e de Produção (DEAP).

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

______. Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 ago. 2009, Seção 1, p. 3-9.

______. Decreto no 7.612, de 17 de novembro de 2011. Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 nov. 2011, Seção 1, p. 12-13.

______. Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 maio 1996, Seção 1, p. 8.353-8.366.

______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1996, Seção 1, p. 27.833-27.841.

______. Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 dez. 2004, Seção 1, p. 2-4.

______. Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 jun. 2014, Seção 1, p. 1-8.

COSTA, V. A. Formação de Professores e Educação Inclusiva. In: CARVALHO, Mariza Borges Wall Barbosa de [et al.] (orgs.). Educação básica, educação superior e inclusão escolar: pesquisa, experiências e reflexões. Niterói: Intertexto, 2012. p. 23-33.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010: resultados gerais da amostra. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000008473104122012315727483985.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2015.

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI). Disponível em . Acesso em: 28 fev. 2016.

MANKINS, John C., Technology Readiness Levels: A White Paper. NASA, 1995. Disponível em <http://origins.sese.asu.edu/ses405/Additional%20Reading/Mankins_trl.pdf> Acesso

em: 28 fev. 2016.

MIZRAHI, S. E. Gestão Estratégica Multicultural Aplicada a Instituições de Ensino. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Rio de Janeiro, 2011.

PELOSI, M. B. Tecnologia Assistiva. In: NUNES, L.R.O.P.; QUITERO P.L.; WALTER, C.C.F.; SCHIRMER, C.R.; BRAUN, P. (orgs.). Comunicar é preciso: em busca das melhores práticas na educação do aluno com deficiência. Marília: ABPEE, 2011, p. 37-46.

PIMENTA, S.G. Pesquisa-ação crítico-colaborativa: construindo seu significado a partir de experiências com a formação docente. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 521- 539, set./dez. 2005.

THIOLLENT, Michel. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.

World Health Organization (WHO). Relatório mundial sobre a deficiência. Tradução de Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012. Título original: World Report on Disability 2011.

ZEICHNER, K. El maestro como profesional reflexivo, Cuadernos de pedagogía, v. 220, p. 44-49, 1993

Publicado
2017-03-06