Lesões em atletas de judô com deficiência visual: implicações psicológicas

Resumen

As lesões esportivas em atletas paralímpicos de judô podem ter implicações psicológicas significativas, afetando tanto o bem-estar mental quanto o desempenho atlético. Como em qualquer esporte, as lesões podem ser dolorosas, incapacitantes e resultar em uma recuperação prolongada. No entanto, para atletas paralímpicos, uma lesão pode assumir um significado adicional, devido à condição visual destes. Assim, o presente estudo teve por objetivo verificar as implicações psicológicas das lesões esportivas em atletas de judô com deficiência visual. Foram avaliados 13 atletas, de ambos os sexos, com média de idade de 29.50±8.25 anos, por meio de uma entrevista semiestruturada com 13 perguntas. As respostas às entrevistas foram analisadas de acordo com os procedimentos, compostos pelas seguintes etapas: a) transcrição palavra por palavra (verbatim) das respostas fornecidas pelos atletas de judô; b) leitura minuciosa das entrevistas para se familiarizar completamente com seu conteúdo; c) uma primeira seleção das informações consideradas relevantes, utilizando frases e/ou afirmações como unidades de registro; d) redução dos dados por meio da aplicação de um sistema de codificação, seguido da agrupação de diversas frases e/ou afirmações em categorias de análise com características comuns; e) validação por juízes que classificaram cada frase em uma categoria. Os resultados mostraram cinco categorias de respostas: Impacto Físico e Funcional das Lesões, Impacto Psicológico das Lesões, Pré-disposição para o Abandono da Prática, Reabilitação Psicológica, e Retorno à Prática. Medo, frustração, raiva e tristeza foram os sentimentos mais vivenciados. Estresse psicológico durante o processo de reabilitação, impaciência pelo retorno à prática, preocupação em não conseguir executar movimentos antes realizados, medo e insegurança em ter uma nova lesão e sentimentos de ansiedade em relação ao retorno à competição e ao desempenho no mesmo nível anterior à lesão também foram citados pelos atletas. Pode-se concluir que lidar com a dor, a incerteza e a pressão para retornar às competições pode ser uma jornada repleta de desafios emocionais e psicológicos para os atletas paralímpicos de judô. Assim, o impacto psicológico das lesões esportivas não deve ser subestimado, pois pode contribuir para o desenvolvimento de sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

Biografía del autor/a

Regina Brandao, Universidade São Judas Tadeu

Doutora em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Ivan de Oliveira Freitas, Universidade São Judas Tadeu

Tiene una licenciatura en Educación Física de la Universidade Camilo Castelo Branco (1998) y un posgrado en Educación Especial de la Universidade Iguaçu. Actualmente es profesor en el programa de Educación Física de la Universidade Santo Amaro (UNISA), enseñando cursos sobre Prácticas Pedagógicas para la Enseñanza de Personas con Discapacidad, Actividad Física y Deportes para Personas con Discapacidad. También trabaja como Supervisor de Fútbol 5 en la Alcaldía de São Bernardo do Campo, Presidente del Comité de Apoyo al Paradesporto en el Estado de São Paulo, Presidente del Comité Nacional de Atletas de la Confederación Brasileña de Deportes para Personas con Discapacidad Visual, Instructor de Cursos de Extensión por el Comité Paralímpico Brasileño y Director Financiero de la Asociación de Padres, Amigos e Individuos con Discapacidad Visual de São Bernardo do Campo. Sus principales áreas de interés incluyen temas relacionados con la Discapacidad Visual, Educación Física, Fútbol y Actividad Física.

Mateus Manzini, Universidade São Judas Tadeu

Mestre em Educação Física pela Universidade São Judas Tadeu

Marcelo Villas Boas Júnior, Universidade São Judas Tadeu

Doctorado en curso en Educación Física en la Universidad São Judas Tadeu (USJT-SP) y miembro del Grupo de Estudios en Psicología del Deporte y Ejercicio (GEPEE) de la USJT. Licenciatura en Educación Física de la Escuela Superior de Educación Física de São Caetano do Sul (ESEDFCS) y Maestría en Pedagogía del Movimiento Humano de la Escuela de Educación Física y Deportes de la Universidad de São Paulo (EEFEUSP). Formación Básica de Investigador en Ciencias del Deporte por el CELAFISCS (Centro de Estudios y Laboratorio de Aptitud Física de São Caetano do Sul) y MBA en Gestión Educativa de la Universidad de Guarulhos (UnG). En 2012 fue elegida Consejera del CREF SP y en 2017 recibió la Medalla al Mérito otorgada por el Consejo Regional de Educación Física en reconocimiento al trabajo realizado en Educación Física. Actualmente es Coordinadora del programa de Educación Física de la Universidad de Santo Amaro (UNISA) y Delegada del Consejo Regional de Educación Física (CREF4) en São Paulo.

Ciro Winckler, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Doutor em Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

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Publicado
2025-02-07
Sección
Educação Física, Jogos e Atividades Físicas para Pessoas com Deficiência Visual