Ensino de Química para alunos com deficiência visual: estudos sobre a formação de modelos mentais de compostos orgânicos
Resumo
É inegável a quantidade de informações que podem ser percebidas pela visão.Todavia, as várias formas de
linguagem (falada, gestual, entre outras) acompanhadas do pensamento são fundamentais para a aprendizagem. Os alunos com deficiência visual interagem e aprendem como qualquer outro aluno, desde que sejam apresentados ao mundo objetivo, considerando sua especificidade. Esta investigação versa sobreo estudo do processo de formação de modelos mentais de estruturas moleculares de compostos orgânicos por um aluno com deficiência visual numa Instituição de Apoio ao ensino regular da Secretaria de Estado de Educação. Baseados nas ideias de Johnson-Laird, os resultados apontam que alunos com deficiência visual em sala de aula regular são capazes de construir seus modelos mentais, desde que seja considerada sua especificidade, representando analogicamente o conhecimento de forma coerente com conhecimentos produzidos e validados pela Ciência, podendo compreender a linguagem representacional da Química referente à nomenclatura de compostos orgânicos.