A roda como método de aprendizado do movimento com pessoas com deficiência visual: o papel dos relatos de campo na pesquisa-intervenção
Resumo
Partimos da consideração de que não é natural que o corpo da pessoa cega e com baixa visão seja tenso e
rígido. A partir de uma Oficina de Corpo, Movimento e Expressão, que acontece semanalmente desde 2007
no Centro de Convivência do Instituto Benjamin Constant, através de uma mobilização sensível de modo
grupal, produzimos a ativação de articulações, a criação de território existencial e a produção de confiança no mundo. Este artigo tem como objetivo mostrar como, a partir do acompanhamento do processo da oficina e do registro das atividades em relatos de campo, o manejo da oficina associado ao manejo da pesquisa resultou na criação de uma metodologia de trabalho e na construção de conhecimento. A pesquisa utiliza o método da cartografia (PASSOS et al., 2009, e PASSOS et al., 2014), que é um método de pesquisa-intervenção que envolve a criação de um campo, de um corpo comum.
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