Audiodescrição no ensino da Língua Brasileira de Sinais para uma pessoa com baixa visão:

Uma experiência docente a serviço da educação inclusiva

  • Adriana da Paixão Santos Secretaria de Educação do Estado da Bahia
  • Elisangela Oliveira Matos Universidade Federal da Bahia - UFBA

Resumen

 Em 2020 e 2021, a educação precisou buscar metodologias de trabalho que contemplassem o ensino remoto. No Brasil, locus de aplicação desta proposta, muitos estudantes com deficiência ficaram à mercê de atividades pedagógicas sem qualquer tipo de recurso de acessibilidade, desde arquivos textuais em formato de imagem à utilização de elementos visuais sem audiodescrição. Uma situação muito específica deste processo foi o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em contexto remoto a estudantes com deficiência visual. Seria imprescindível, neste caso, a elaboração de uma proposta de trabalho conjunta entre o especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o docente do componente curricular. Este registro tem por objetivo descrever o enriquecimento de práticas docentes realizadas em contexto remoto no atendimento educacional especializado de uma aluna com baixa visão e estudante de Pedagogia de uma universidade federal, tendo como suporte o uso da Audiodescrição Didática – ADD. Sendo uma experiência piloto das autoras, o artigo traz alguns conceitos necessários para o desenvolvimento da atividade: audiodescrição e sua estrutura-base, audiodescrição didática, Língua Brasileira de Sinais e seus parâmetros, além de elementos necessários à compreensão do atendimento educacional especializado. A metodologia aplicada foi a pesquisa-ação, na qual uma autora se fez presente em todas as aulas a fim de recapitular os conhecimentos prévios sobre a Língua Brasileira de Sinais e como ela poderia ser ensinada, de maneira remota, à estudante com baixa visão. Conclui-se que o uso da audiodescrição no ensino de Libras não só contribui para a aprendizagem de pessoas com baixa visão, mas também colabora para a organização da espacialidade daqueles que são considerados indivíduos típicos, isto é, o sujeito que não apresenta deficiências, transtornos de desenvolvimento ou quaisquer tipos de distúrbios de aprendizagem.

Biografía del autor/a

Adriana da Paixão Santos, Secretaria de Educação do Estado da Bahia

Mestra em Letras pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Elisangela Oliveira Matos, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Licencianda em Pedagogia pela UFBA

Citas

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Publicado
2023-06-19