Intervenção precoce: reflexões sobre o desenvolvimento da criança cega até dois anos de idade

  • Gérson Carneiro de Farias Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Abstract

O artigo envolve a reflexão do processo de desenvolvimento infantil da criança cega até dois anos de idade (período sensório-motor): as aquisições motoras, tais como, o desenvolvimento da preensão, da linguagem, a noção do objeto, o vínculo mãe/criança, bem como a análise do programa de atendimento em intervenção precoce. A reflexão mostra que o desenvolvimento infantil se dá pelo movimento, favorecendo as estruturas do pensamento e da linguagem, assim como a relação com o ambiente e com as pessoas, particularmente com a mãe. A análise do programa mostra que seu sucesso depende do atendimento direto prestado à criança, com regularidade e continuidade do trabalho em casa, e à família, com orientações e integração de esforços.

Author Biography

Gérson Carneiro de Farias, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Gérson Carneiro de Farias é mestre em Educação pela UERJ, autor de O Programa de Intervenção Precoce como fator deinclusão da criança cega, pela Memnon Edições Científicas.

References

BRUNO, M. M. G. O desenvolvimento integral do Portador de Deficiência

Visual: da integração precoce à integração escolar. São Paulo: Laramara, 1993.

BURLINGHAM, D. Developmental considera-tions in the occupations of the

blind. Psychoanalystic Study of the Child. 22, 187-198, 1967.

FARIAS, Gérson Carneiro. Efeitos de um programa de estimulação

desenvolvido mediante uma linha de base múltipla para uma aluna cega.

Monografia de especialização apresentada no Departamento de Pós-graduação da

Universidade Estadual de Goiás, 1995.

FERREL, K. A; SHAW, A. R. e DEITZ, S. T. A national longitudinal study of the

early development of children who are visually impaired. Project Prism.

Colorado: UNC, 1-8. 1998.

FRAIBERG, S; SMITH, M. e ADELSON, E. An educational program for blind

infants. Journal of Special Education. 3, 121-142, 1965.

FREEDMAN, D. G. Smiling in blind infants and the issue of innate vs.

acquired. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 5, 171-184, 1964.

FREEDMAN, D. A. e CANNADY, C. Delayed emergence of prone locomotion.

Journal of Nervous and Mental Disease, 153, 108-117, 1971.

GÓMES, A. C. Historia de la cultura escrita: ideas para el debate. Universidade

de Alcalá. (Pp. 1- 26), 2002.

GURALNICK, Michael. J. The effectiveness of early intervention. Baltimore: Paul

H. Brookes. (Pp.3-20), 1997.

MILLER, J. Características gerais do deficiente visual. Em: UNIVERSIDADE DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Proposta Curricular para Deficientes Visuais. Brasília: MEC, 4, 7-29, 1979.

NUNES, Leila R.O.P. Educação precoce para bebês de risco. Em: B. Rangé (org)

Psicologia comportamental e cognitiva. Campinas: Psy (Pp.121-132), 1995.

OLIVEIRA, J. V. G. Do essencial invisível: arte e beleza entre os cegos. Rio de

Janeiro: Renavan, 2002.

PÉREZ-RAMOS Aidyl M.Q. e PÉREZ-RAMOS J. Estimulação precoce: serviços,

programas e currículos. Brasília: COORDE, 1996.

SALTINI, C. A segunda gestação. Globo Ciência. Rio de Janeiro: 56, 36-42, 1994.

SAMPAIO, H. P. e FARIAS, G. C. O caderno de linguagem “Caminhando juntos”

como veículo facilitador do processo de intervenção precoce. Temas sobre

Desenvolvimento. v. 8, n. 48, p. 43-9, 2000.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

WALLON, H. Do ato ao pensamento. Lisboa: Estampa. 1976.

WARREN, David. H. Blindness and early childhood development. New York:

American Foundation for the blind, 1984.

WARREN, D. H. e KOCON, J. A. Factors in the sucessful mobility of the blind: a

review. American Foudation for the Blind Research Bulletin, 28, 191-218, 1974.

Published
2017-03-28
Section
Articles