O ensino de matemática para pessoas com deficiência visual no Brasil: um estudo bibliográfico

Ailton Barcelos da Costa; Sabrina Gomes Cozendey

Ailton Barcelos da Costa Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
Sabrina Gomes Cozendey Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Palavras-chave: Educação inclusiva, Ensino de matemática, Deficiência visual

Resumo

Com as novas propostas educacionais que garantem o direito à matrícula e a um ensino de qualidade a alunos com deficiência, aos poucos o número de alunos com necessidades educacionais especiais matriculados na rede regular de ensino se torna cada vez maior. Entre os alunos com deficiência estão aqueles com cegueira ou baixa visão. Neste texto, discute-se a inclusão do aluno com deficiência visual nas aulas de matemática. Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que buscou conhecer os trabalhos existentes em ensino de matemática direcionados a alunos com deficiência visual. O objetivo foi conhecer atividades inclusivas que possam ser utilizadas nas turmas de matemática que tenham incluídos alunos com cegueira ou baixa visão. Ao todo foram encontrados dez trabalhos na área. Apesar de serem poucos, eles apresentam atividades muito interessantes, que podem ser reproduzidas em ambientes inclusivos de ensino de matemática.

Biografias dos Autores

Ailton Barcelos da Costa, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Licenciado em matemática, mestre em educação especial pela UFSCar e doutorando em educação especial no Program de Pós-graduação em Educação Especial da UFSCar.

Sabrina Gomes Cozendey, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Física e doutora em educação especial pelo programa de Pós-graduação em Educação Especial da UFSCar.

Referências

BARBOSA, P. M. O estudo da geometria. Benjamin Constant, 25. ed., n. 2, 2003. Disponível em: <200.156.28.7/.../Nossos_Meios_RBC_RevAgo2003_Artigo_3.rtf>. Acesso em: 2 fev. 2013.

BARRAGA, N. C. Disminuidos visuales y aprendizaje. Madri: Once, 1985.

BORGES, J. A.; JENSEN, L. R. Cegos, computador, desenho. Benjamin Constant, 22. ed., n. 2, 2002. Disponível em: <http://200.156.28.7/Nucleus/media/common/Nossos_Meios_RBC_ RevAgo2002_Artigo_2.rtf>. Acesso em: 12 jun. 2013.

BRANDÃO, J. A matemática por trás da orientação e mobilidade. Benjamin Constant, 42. ed., n. 1, 2009. Disponível em: <200.156.28.7/.../Nossos_Meios_RBC_ RevAbr2009_Artigo_1.doc>. Acesso em: 2 fev. 2013.

______. Desenho geométrico e deficiência visual. Benjamin Constant, 39. ed., n. 1, 2008. Disponível em: . Aces- so em: 1o abr. 2013.

______. Geumetria = eu + geometria. Benjamin Constant, 28. ed., n. 2, 2004. Disponível em:

<200.156.28.7/.../Nossos_Meios_RBC_RevAgo2004_Artigo_3.rtf>. Acesso em: 5 mar. 2013.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/ CON1988.shtm>. Acesso em: 1o abr. 2011.

______. Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discrimina- ção contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Convenção da Guatemala, de 28 de maio de 1999, ratificada pelo Decreto no 3.956, de 8 de outubro de 2001. 1999. Disponível em:

<http://www.ampid.org.br/Docs_PD/Convencoes_ONU_PD.php#guatemala>. Acesso em: 1o abr. 2011.

______. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Ratificada pelo Congresso Nacional com o Decreto Legislativo no 186/2008, 9 jul. 2008. Disponível em: . Acesso em: 1o abr. 2011.

. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educa- ção nacional. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/ L9394.htm>. Acesso em: 7 abr. 2013.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial (Seesp). Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, out. 2007, p. 0-15.

CROMER, R. F. Conservation by the congenitally blind. British Journal of Developmental Psychology, n. 64, p. 241-250, 1973.

DIMCOVIC, N.; TOBIN, M. J. The use of language in simple classification tasks by children who are blind. Journal of Visual Impairment and Blindness, n. 89, p. 448-459, 1995.

FERNANDES, S.; HEALY, L. A inclusão de alunos cegos nas aulas de matemática: explorando área, perímetro e volume através do tato. Bolema, v. 28, n. 37, p. 1111-1135, 2010.

FERREL, K. A. Your child’s development. In: HOLBROOK, M. C. Children with visual impair- ments: a parent’s guide. 2. ed. Bethesda, MD: Woodbine House, 2006. p. 85-108.

HEALY, L.; FERNANDES, S. Relações entre atividades sensoriais e artefatos culturais na apro- priação de práticas matemáticas de um aprendiz cego. Educ. Rev., n. se1., p. 227-243, 2011.

KALEFF, A. M.; ROSA, F. Buscando a educação inclusiva em geometria. Benjamin Constant, 51. ed., n. 1, 2012. Disponível em: <200.156.28.7/Nucleus/.../Nossos_ Meios_RBC_ RevAbr2012_ Artigo_3>. Acesso em: 12 jun. 2013.

KASTRUP, V. A invenção na ponta dos dedos: a reversão da atenção em pessoas com defi- ciência visual. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 69-93, jun. 2007.

LANGLEY, B. Daily life. In: HOLBROOK, M. C. Children with visual impairments: a parent’s guide. 2. ed. Bethesda, MD: Woodbine House, 2006. p. 109-152.

LEONHARDT, M. El bebé ciego: primera atención – un enfoque psicopedagógico. 1. ed. Bar- celona: Once, 1992.

MOTTA, C. E. Projeto Drummath – uma perspectiva walloniana no ensino da matemática para o deficiente visual através de sons e ritmos. Benjamin Constant, 27. ed., n. 1, 2004. Disponível em: <200.156.28.7/.../Nossos_Meios_RBC_RevAbr2004_Editorial.rtf>. Acesso em: 1o mar. 2013.

ORMELEZI, E. M. Inclusão educacional e escolar da criança cega congênita com problemas na constituição subjetiva e no desenvolvimento global: uma leitura psicanalítica em estudo de caso. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Pau- lo, São Paulo, 2006. 412 p.

PÉREZ-PEREIRA, M.; CONTI-RAMSDEN, G. Language development and social interaction in blind children. Nova York: Psychology Press, 2008.

RODRIGUES, D. Dez ideias (mal)feitas sobre a educação inclusiva. In: RODRIGUES, David (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. p. 1-16.

TURELLA, C.; CONTI, K. Matemática e a deficiência visual: atividades desenvolvidas com o material dourado. Benjamin Constant, 52. ed., n. 2, 2012. Disponível em: <200.156.28.7/.../ Nossos_Meios_RBC_RevAgo2012_Artigo_2.doc>. Acesso em: 4 abr. 2013.

UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e práticas na área das necessi- dades educativas especiais. Procedimentos-padrões das Nações Unidas para a equalização de oportunidades para pessoas portadoras de deficiências, A/RES/48/96, Resolução das Nações Unidas adotada em assembleia geral. Salamanca, Espanha, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 20 out. 2009.

_____. Declaração mundial sobre educação para todos: satisfação das necessidades bási- cas de aprendizagem. Jomtien, 1990. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/ue000108.pdf>. Acesso em: 1o abr. 2011.