Orientação e mobilidade da pessoa com cegueira adquirida: os benefícios do meio aquático como facilitador da aprendizagem

  • Regina Kátia Cerqueira Ribeiro Instituto Benjamin Constant

Resumo

 

 Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1997), existem no mundo cerca de 148 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo que dois terços desses casos determinados por causas que poderiam ser evitadas. Ao se depararem com a perda da visão, os deficientes visuais entram em um processo de diferentes comprometimentos relacionados com independência, segurança, desenvolvimento de conceitos e inclusão social. Este estudo teve como objetivo investigar a influência do meio líquido na aprendizagem da orientação e mobilidade (OM) da pessoa com cegueira adquirida, acreditando-se que essa atividade possa propiciar benefícios na aprendizagem desses indivíduos. Para a realização desta pesquisa, foram selecionadas oito pessoas deficientes visuais, com cegueira adquirida, com idades entre 30 e 50 anos, todas concluintes do programa de OM do IBC. Destas, quatro são praticantes de natação e quatro são não praticantes de atividades no meio líquido. Assim, pretende-se construir um novo posicionamento em relação à realidade da influência do meio líquido na aprendizagem de OM das pessoas cegas. Concluiu-se, então, que o meio líquido é o elemento facilitador preponderante na aprendizagem da OM, oportunizando ao profissional de OM um novo posicionamento em relação à realidade da influência deste na aquisição da autonomia das pessoas com deficiencia visual, e, consequentemente, possibilitando ainda um enriquecimento na literatura junto à comunidade científica.

Biografia do Autor

Regina Kátia Cerqueira Ribeiro, Instituto Benjamin Constant

Graduada em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e com diploma de Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Estácio de Sá, é pós-graduada em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e também em Psicopedagogia Institucional e Educação Especial pela Universidade Veiga de Almeida. Cursa a disciplina isolada de mestrado do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG-UFRJ). É professora do Projeto Clube Escolar Paraolímpico do Comitê Paraolímpico Brasileiro/IBC e técnica de natação do IBC/CEIBC.

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Publicado
2017-03-08
Seção
Artigos Livres