Em busca da expressividade: o teatro e o deficiente visual
Abstract
Quando comecei a trabalhar no Instituto Benjamin Constant, no ano de 1993, dois fatos me chamaram a atenção. O primeiro foi um artigo que li, não me recordo o autor, que dizia que os cegos tinham uma expressão facial extremamente pobre, se comparados aos videntes. Embora ainda não tivesse experiência suficiente nesta área, lembro que achei a afirmação bastante estranha. Afinal eu conhecia alguns deficientes visuais bastante expressivos, como também conhecia pessoas videntes que não eram tão expressivas assim. E a minha questão, já nessa época era: de que expressividade este autor ou autora está falando? Ele deseja que o indivíduo cego tenha a sua expressividade ou apenas que ele reproduza em sua face a expressividade da pessoa vidente?