Desconstruindo mitos - compensar? Regenerar? Recuperar a visão?

  • Lucia Maria Filgueiras da Silva Silva Monteiro Instituto Benjamin Constant

Abstract

Este texto tem como principal foco desconstruir mitos acerca de falsas premissas que ainda hoje permeiam as discussões sobre limites e impossibilidades de pessoas cegas e de baixa visão, bem como refletir sobre o processo de desconstrução do que foi uma experiência de recuperação da visão. Aborda o tema da compensação, de percentuais matemáticos aplicados ao grupo deficiente visual e ainda teoriza sobre o momento vivido por pessoas que, ao tentar recuperar a visão, deparam com a experiência da aprendizagem.

Author Biography

Lucia Maria Filgueiras da Silva Silva Monteiro, Instituto Benjamin Constant
Professora do Instituto Benjamin Constant, doutora em Psicologia e mestre em Educação pela UFRJ

References

BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 2003.

BELARMINO, J. Aspectos comunicativos da percepção tátil: a escrita em relevo como mecanismo semiótico da cultura. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2004.

BRUNO, Marilda M.; MOTA, Maria da Glória B. Programa de capacitação de recursos Humanos do Ensino Fundamental: deficiência visual. Brasília: Seesp/MEC, v. 1, n. 2-3, 2001.

COBO, A.; RODRIGUEZ, M.; BUENO, S. T. Desenvolvimento cognitivo e deficiência visual. São Paulo: Santos Livraria, 2003.

DEWEY, John. A arte como experiência. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

DIDEROT. Carta aos cegos para o uso dos que vêem. In: Textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 1. ed. 10. imp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

FRAIBERG, S.; FRREDMAN, D. A. Studies in the ego development of the congenitally blind child. Psychoanalytic Study of the Child, n. 19, p. 113-169, 1964.

HATWELL, Yvette. Psychologie cognitive de la cécité précoce. Paris: Dunod, 2003.

JAPIASSU, Hilton. Apostila do curso de educação a distância. Rio de Janeiro: Teoria da Informação, UFRJ, 2002.

______. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.

KASTRUP, Virgínia. A invenção de si e do mundo. Campinas: Papirus, 1999.

MARTÍN, M. B.; BUENO, S. T. Deficiência visual – aspectos psicoevolutivos e educacionais. Tradução Magali de Lourdes Pedro. São Paulo: Santos Livraria, 2003.

MONTEIRO, Lucia Maria Filgueiras da S. A importância das atividades corporais no processo de alfabetização da criança cega. Benjamin Constant, ano 10, n. 29, p. 19-28, dez. 2004.

______. O corpo como agente da cognição de crianças cegas: uma questão de experiência. Tese (Doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, 2009.

______. O retorno de deficientes visuais ao espaço da escola especial: afinal como caminha a inclusão? Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, 2003.

RATHEGEBER, J. Arthur. Manitoba vision screening study. Journal of Visual Impairment e Blindness, v. 75, n. 6, 1981.

SACKS, Oliver. Um antropólogo em Marte: sete histórias paradoxais. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SANTIN, Sylvia; SIMMONS, Joyce Nesker. Problemas das crianças portadoras de deficiência visual congênita na construção da realidade. Benjamin Constant, v. 16, 2000.

OMS. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs282/es/index.html>. Acesso em: 13 mar. 2001.

TELFORD, W. C.; SAWREY, M. J. O indivíduo excepcional. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1984.

______. Psicologia, uma introdução aos princípios fundamentais do comportamento. São Paulo: Colares, 1971.

TOMPSON, J. Development of facial expression in blind and seeing children. Arch. of Psychol., n. 264, p. 1-47, 1941.

Published
2017-03-13
Section
Articles