Promovendo a socialização e inclusão de uma aluna cega através de um jogo de cartas adaptado em braille: uma revisão de Potências e Raízes
Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar as reflexões tecidas no contexto da educação inclusiva envolvendo uma estudante cega e o seu processo de socialização e aprimoramento de seus conhecimentos matemáticos a partir do desenvolvimento de um jogo denominado Pife adaptado em braille. O desenvolvimento do jogo teve como finalidade oportunizar a inclusão da aluna cega e a melhoria do seu aprendizado dos conteúdos matemáticos. O jogo foi desenvolvido no contexto de uma escola da rede pública municipal de ensino do município de Pelotas localizada ao sul do estado do Rio Grande do Sul (RS), atualmente denominada como a maior escola municipal da América Latina. O processo de desenvolvimento do jogo envolveu uma análise das necessidades específicas da estudante cega e a adaptação das regras e materiais do jogo Pife para torná-lo acessível por meio do uso do braille. Isso incluiu o uso do código braille nas cartas e a adaptação das jogadas para garantir que a estudante pudesse participar de forma independente da atividade. A pesquisa foi realizada por meio de coleta de dados a partir de um questionário contendo cinco questões e realizado com 20 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. O questionário foi aplicado após o desenvolvimento do jogo. As perguntas foram elaboradas com o intuito de observar a percepção dos alunos sobre a eficácia do jogo na promoção da inclusão e da socialização entre os estudantes e no aprendizado dos conteúdos matemáticos. Os resultados obtidos com a análise das respostas dos alunos evidenciam que os jogos são uma importante ferramenta para o processo de socialização, aprendizagem dos conteúdos matemáticos e inclusão de alunos cegos nas aulas de Matemática, promovendo um ambiente mais colaborativo e tornando as aulas mais dinâmicas e participativas.
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