Questões acerca da teoria da compensação no campo da deficiência visual

  • Paula Rego-Monteiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Luciana Pereira Manhães Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Virgínia Kastrup Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

É comum acreditar-se que a privação de um dos sentidos dá lugar a uma compensação da deficiência. De acordo com tal perspectiva, a perda da visão daria lugar a um aumento da capacidade de audição e do tato. O objetivo deste artigo é analisar em que consiste a noção de compensação e discutir seu alcance e seus limites, à luz das ciências cognitivas contemporâneas. Apresenta uma versão mística, uma versão biologicamente ingênua e a versão sócio-histórica da compensação, desenvolvida por L. Vygostski. A partir de contribuições teóricas e casos clínicos apresentados respectivamente por F. Varela e O. Sacks conclui que a noção de compensação é limitada para entender os efeitos sobre o sistema cognitivo da perda de um dos sentidos.

 

Biografias dos Autores

Paula Rego-Monteiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Paula Rego-Monteiro é bacharel em Psicologia e aluna do Curso de Formação de Psicólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
Luciana Pereira Manhães, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Luciana Pereira Manhães é aluna do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Virgínia Kastrup, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Virgínia Kastrup é doutora em Psicologia e professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Referências

HATWELL, I. Psychologie cognitive de lac cécité précoce. Paris: Dunot, 2003.

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MATURANA, H; VARELA, F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Editorial Psi, 1995.

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VYGOTSKI, L. Fundamentos de defectología. Obras Escogidas V. Madri: Visor, 1997

Publicado
2017-03-20
Seção
Artigos Livres