A aprendizagem da célula pelos estudantes cegos utilizando modelos tridimensionais: um desafio ético

  • Sandra Mara Mourão Cardinali Universidade Cruzeiro do Sul
  • Amauri Carlos Ferreira PUC/MG

Resumo

Pretende-se mostrar aqui a importância do uso de modelos tridimensionais táteis na aprendizagem da célula pelos estudantes cegos, tendo como foco a morada ética. A compreensão de pertencimento ao mundo faz-se necessária para as pessoas cegas, tendo em vista os desafios impostos pelo mundo circundante. O tato é a visão para os não videntes, que interpretam o mundo com o corpo e, na linguagem cotidiana, usam o verbo ver como forma de expressar sua compreensão da vida; ou seja, o tato são os olhos dos cegos.

Biografias dos Autores

Sandra Mara Mourão Cardinali, Universidade Cruzeiro do Sul
Sandra Mara Mourão Cardinali é doutoranda em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo. Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela PUC–Minas. Graduada e licenciada em Ciências Biológicas pela UFMG. Especialista em Microbiologia pela PUC–Minas. Professora de Biologia do Ensino Técnico e Tecnológico de Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Cefet/MG. Monitora do Curso de Especialização em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva – MEC/Setec – Programa Tecnep
Amauri Carlos Ferreira, PUC/MG

Amauri Carlos Ferreira é graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e pós-doutor em Educação pela UFMG. Professor Adjunto III da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais de Filosofia e Ética (graduação, especialização e mestrado). Pesquisador na área de Educação e Ciências da Religião.

Referências

BALLESTERO, A. J. A. Multissensorialidade no ensino de desenho a cegos. Dissertação (Mestrado) – Escola de Comunicação e Artes, São Paulo: Universidade de São Paulo, 2003. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27131/tde-21032005-213811/>. Acesso em: 10 set. 2007.

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano: compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 91.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei no 9.394. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.

_____. Parecer CNE/CNB no 17. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional na Educação Básica. Brasília, 2001.

CAIADO, R. M. Aluno deficiente visual na escola: lembranças e depoimentos. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.

DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas. Brasília, DF: [s.n.], 2005. Disponível em: <http://www.interlegis.gov.br/processo_legislativo/copy_of_20020319150524/20030620161930/20030623105532/>. Acesso em: 14 abr. 2007.

DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

FERRONATO, R. A construção de instrumento de inclusão no ensino da matemática. Dissertação (Mestrado) – Santa Catarina, RS: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/8978.pdf>. Acesso em: 10 set. 2007.

FIGUEROA, A. M. S. O uso sistemático de analogias: estudo de um modelo de ensino para o conceito de incompatibilidade sangüínea. Dissertação (Mestrado) – [S.l.]: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Disponível em: . Acesso em: 3 fev. 2008. [Mensagem pessoal enviada pela autora].

HOUAISS, A.; VILLAR, M.; FRANCO, F. M. M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 2.678.

LIMA, F. J.; SILVA, J. A. Algumas considerações a respeito do sistema tátil de crianças cegas ou de visão subnormal. Benjamim Constant, Rio de Janeiro, RJ, v. 17, dez. 2000.

MARTINS, L. A. R. et al. Inclusão escolar: algumas notas introdutórias. In: _____. Inclusão compartilhando saberes. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. p. 18.

MATURANA, H. A ontologia da realidade. Belo Horizonte: UFMG, 1997.

MONTAGU, A. Tocar: o significado humano da pele. São Paulo: Summus, 1988.

MORAES, M. C. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

OCHAÍTA, E.; ESPINOS, M. A. Desenvolvimento e intervenção educativa nas crianças cegas ou deficientes visuais. In: COLL, C. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação. 2. ed. Porto Alegre: [s.n.], 2004. p. 152-169.

OLIVEIRA, F. I. W.; RIBEIRO, R. V. J.; PEREIRA, C. M. O processo de inclusão de alunos com deficiência visual no ensino regular e a importância dos recursos didáticos adaptados. In: JORNADA DO NÚCLEO DE ENSINO DE MARÍLIA, 4., 2005, Marília. Anais da... Marília: Unesp, 2005. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2004/artigos/eixo4/ainclusaodealunosdeficientes.pdf->. Acesso em: 7 ago. 2007.

PAGLIUCA, L. M. F. A arte da comunicação na ponta dos dedos: a pessoa cega. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, Edição especial, v. 4, p. 127-137, abr. 1996.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 2003.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Genebra: [s.n.], 1994.

Publicado
2017-03-14
Seção
Artigos Livres