Museu através do toque: a inclusão social da pessoa com deficiência visual
Resumo
O Museu se caracteriza como espaço de pesquisa e disseminação do conhecimento. De acordo com tal perspectiva, deve-se assegurar que o processo informacional e comunicacional atenda a diferentes públicos das categorias identificadas como visitantes (exposições) e usuários dos serviços de informação. Estabelecer condições para o atendimento e a recepção de qualquer público é o fundamento no qual se apoia a função social do Museu. Entretanto, entre diversos segmentos de público, há aqueles com necessidades especiais, como, por exemplo, pessoas com deficiência visual. E, para esse público em especial, o que se observa é a ocorrência de obstáculos que impedem desejável atendimento, seja em contexto eletrônico, por via da rede internacional de computadores – site do Museu na Internet – seja no próprio ambiente físico no qual está localizado o Museu. Em razão disso, configura-se a questão da inclusão social em contexto de temática museológica. Toma-se como referência para estudo o modo pelo qual se deve receber adequadamente o público com deficiência visual, na medida em que esse grupo vocaliza socialmente dificuldades encontradas para a comunicação. Portanto, a abordagem trata do necessário preparo que, em tal condição, é exigido para o Museu e seus profissionais; situação que deve envolver o conhecimento prévio sobre a natureza e as formas de percepção características dessa deficiência, incluindo análises e avaliações permanentes acerca das especificidades e dos pontos comuns entre esse público e o público em geral que visita ou consulta os serviços oferecidosReferências
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