Processos artísticos inclusivos

Sala Experiências do Olhar no Museu do Ingá, um relato de caso

  • Roberta Fagundes Gonçalves Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (ULHT)
  • Rômulo dos Santos Morgado Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC/RJ)
  • Patrícia Silva Dorneles Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Palavras-chave: acessibilidade cultural, deficiência visual, multissesorialidade, modelo social da deficiência, reabilitação

Resumo

Este artigo é um relato de experiência que serve para pensar a relação entre as instituições que atuam com pessoas com deficiência e as iniciativas propostas pelos museus para esse público. O texto propõe uma leitura posterior sobre os encontros e as ações que resultaram na proposta da Sala Experiências do Olhar, pelo Museu do Ingá, em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, em 2019, como um projeto-piloto. Essa leitura parte de pressupostos do campo da acessibilidade cultural e das discussões mais atuais no campo da museologia, de modo que incentive ações e práticas participativas e colaborativas envolvendo o acesso e o acolhimento da diversidade humana em museus. Pretende, também, questionar a prevalência de exposições estritamente visuais, considerando a multissensorialidade como forma de enriquecimento da experiência museológica e de fruição estética, capaz de ampliar o acesso aos espaços museais. O processo contou com articulações intersetoriais entre profissionais de museus e profissionais da saúde do campo da reabilitação. Foram realizadas atividades culturais extramuros com pessoas com deficiência visual e encontros de discussão acerca dos desafios e possibilidades de ampliação do capital cultural e fomento à participação social das pessoas em vulnerabilidade, com base no reconhecimento do direito à cultura para todos.

Biografias dos Autores

Roberta Fagundes Gonçalves, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (ULHT)

Mestranda em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (ULHT).

Rômulo dos Santos Morgado, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC/RJ)

Especialista em Gestão de Museus pelo Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes.

Patrícia Silva Dorneles, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).

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Publicado
2021-10-15