De lá pra cá... Daqui pra lá... As operações matemáticas nas velhas tábuas de contar
Resumo
O presente artigo trata de um breve passeio pelos mais importantes feitos históricos que levaram a humanidade à construção do notável sistema de numeração valor posicional base dez - princípio dos contadores mecânicos do tipo ábaco ou soroban, utilizados como aparelho de cálculo para os deficientes visuais no Brasil e em boa parte do mundo. Baseado nos pressupostos teóricos da Educação Matemática o texto tenta mostrar que qualquer iniciante na arte do cálculo matemático, seja deficiente visual ou não, deveria começar pelos aparatos semi-simbólicos, que é o caso dos contadores, pelo grau de dificuldade existente para quaisquer pessoas, quando se inicia o ensino a partir dos algoritmos modernos com símbolos escritos. A idéia é propor o "soroban para todos", seja o modelo japonês ou o modelo ocidental (ábaco). Também tem o intuito de demonstrar a pertinência da controvérsia existente entre os usuários do soroban: os adeptos dos cálculos da ordem menor para a maior e aqueles adeptos da ordem maior para a menor, aqui chamados, respectivamente, de "algoristas" e "abacistas". O texto mostra que, a exemplo da opção por este ou aquele método de alfabetização, também a metodologia para o uso e ensino do soroban é uma questão de escolha pessoal. Como tal, diferentes metodologias comportam em si mesmas vantagens e desvantagens, que procura evidenciar. É um convite a um amadurecimento teórico dos profissionais afins dentro da sua opção metodológica. Um apelo a deixarmos de lado a nossa "vista de um único ponto" a respeito desta questão.
Referências
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