Autoestima a partir do caminhar: orientação e mobilidade da pessoa com deficiência visual
Resumo
O artigo apresenta alguns conceitos de orientação e mobilidade (OM) e sua aplicabilidade no dia a dia da sociedade. Aponta a importância das maneiras e técnicas de locomoção – guia vidente, autoproteção e bengala longa – para que a pessoa com deficiência visual transite com segurança e independência. Cita uma lista de diretrizes sobre o trato com as pessoas com deficiência visual, orientando a sociedade sobre atitudes que facilitem a interação social destas. Entre as diversas técnicas de OM, a bengala longa, além de um instrumento, pode ser considerada, em uma análise psicológica de Jung, como um signo da pessoa com deficiência visual, tornando-se uma identificação que evoca o significado na consciência coletiva. Ela é a companheira do dia a dia, possibilitando mobilidade, privacidade, identificação, autonomia, segurança e preservação da integridade física. Segundo Hoffmann, são inúmeros os benefícios da independência locomotora: autoconfiança, integração, contato social, oportunidade de emprego. Aponta-se, também, o aumento da autoestima como benefício da autonomia. É apresentado o equipamento DPS 2000, como inovação tecnológica para facilitar o ir e vir das pessoas com deficiência visual. Conclui-se que a interação das pessoas que enxergam com as pessoas com deficiência visual é simples, sendo um caminho possível de ser percorrido, a partir da mudança atitudinal de cada um. A independência locomotora possibilita a melhoria da autoestima e, consequentemente, da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual.
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