A orientação e mobilidade para cegos deficientes múltiplos: uma proposta pedagógica a partir de jogos e histórias
Resumo
Neste trabalho, procurou-se fazer uma análise de artigos referentes à deficiência visual, destacando a carência de literatura relacionada com o cego deficiente múltiplo. A metodologia empregada foi etnográfica, observando o dia a dia de dois alunos do Ensino Fundamental, para desenvolver a orientação e mobilidade por meio de histórias e jogos pedagógicos com a finalidade de melhorar o desempenho motor, a comunicação, a socialização e a independência dos sujeitos. Empregou-se o modelo ecológico funcional, valorizando a realidade total do aluno dentro de sua comunidade como sujeito participativo. Para isso, foi necessária a introdução da orientação e mobilidade por meio da percepção do ambiente, sua imagem corporal dentro do espaço utilizando os sentidos remanescentes dos indivíduos. Autores como Machado (2003), por suas definições de orientação e mobilidade; Martín (2003), pelos estudos referentes à pessoa cega; Kirk e Gallagher (2002), por seu trabalho com deficientes e em especial com o deficiente múltiplo; Cardoso (1997a, 1997b), pelas contribuições ao Programa utilizado; Houaiss e Villar (2004) e Visca (2009), pelos conceitos referentes aos recursos utilizados; Siaulys (2010), por suas experiências com deficiências; e Nunes (2004), pelos resultados de sua pesquisa relacionada com a comunicação, foram utilizados como referencial teórico, dando validação e sustentação à pesquisa, contribuindo em diversos sentidos. A fim de desenvolver esses conceitos nos sujeitos, foram elaborados histórias e jogos pedagógicos, vivenciando o dia a dia dos alunos, concretizando os conceitos necessários à sua autonomia. No decorrer do trabalho, os sujeitos foram conquistando o espaço familiar e escolar, melhorando bastante sua independência, socialização e comunicação.Referências
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