Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC <p>A revista&nbsp;<em>Benjamin Constant</em> (BC), veículo de difusão científica e cultural, é um periódico do <a href="http://www.ibc.gov.br/">Instituto Benjamin Constant</a> (IBC). Tem como missão publicar trabalhos inéditos, de autores brasileiros e estrangeiros, que contribuam para o conhecimento e o desenvolvimento do pensamento crítico e da pesquisa, na área de conhecimento interdisciplinar nas temáticas da deficiência visual, da deficiência visual associada a outras deficiências e da surdocegueira.</p> pt-BR revistabenjaminconstant@ibc.gov.br (Rodrigo Agrellos Costa) cgidesenvolvimento@ibc.gov.br (Michel Diniz) Seg, 14 Ago 2023 16:50:41 +0000 OJS 3.1.2.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Expediente https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/977 Daiana Pilar Andrade de Freitas Silva, Rodrigo Agrellos Costa Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/977 Qua, 09 Ago 2023 00:00:00 +0000 Editorial https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/975 Agnaldo da Conceição Esquincalha, Daiana Pilar Andrade de Freitas Silva, Rodrigo Agrellos Costa Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/975 Sáb, 05 Ago 2023 15:13:33 +0000 Panorama internacional de publicações sobre a educação matemática de aprendizes cegos https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/950 <p>As demandas em sala de aula por uma perspectiva docente têm modificado as atividades sociais de professores nos últimos tempos. Uma delas se refere à educação matemática inclusiva que tem perpassado os diferentes níveis e modalidades educacionais nas últimas décadas, desde a Educação Infantil até os programas de Pós-Graduação. Frente a isso, este texto apresenta o resultado de um mapeamento de publicações internacionais sobre a educação matemática envolvendo aprendizes cegos, realizado no ano de 2021, durante a disciplina Fórum de Debates em Pesquisas em Educação Matemática, no curso de Doutorado Profissional em Educação em Ciências e Matemática (EDUCIMAT), do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Para tanto é apresentada uma contextualização sobre a inserção desses estudantes, também público da educação especial, nas escolas brasileiras e as necessidades investigativas nos processos de ensino e aprendizagem frente ao cenário educacional. Utilizou-se o mapeamento como opção metodológica, apresentando as pesquisas mapeadas no âmbito internacional e suas características, com o objetivo de buscar aproximações e particularidades decorrentes das análises dos resultados obtidos nessas investigações. Destacam-se como resultado que as pesquisas internacionais identificadas se centralizam no campo do ensino de geometria, sendo necessário ampliar as discussões para outros objetos e conceitos matemáticos como o campo da aritmética e da álgebra, e que ainda precisam avançar para outras modalidades e níveis de ensino para além da educação básica.</p> Cátia Aparecida Palmeira, Elcio Pasolini Milli Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/950 Sáb, 05 Ago 2023 15:27:08 +0000 O processo de formação de representações identificáveis para o ensino de função quadrática para estudantes cegos https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/920 <p>Este trabalho foi o resultado de uma pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Mestrado em Ensino de Ciências Matemática e Tecnologias da UDESC, na qual se elaboraram modelos de representação (MR) de gráficos e tabelas impressos em alto-relevo. Os modelos foram apresentados a estudantes participantes da pesquisa para que pudessem manuseá-los, e verificou-se a possibilidade de reconhecer tais representações e associá-las ao objeto matemático função quadrática. No início da investigação foi proposta a seguinte questão: “Um caderno de atividades, escrito em braille e a tinta simultaneamente, possibilita aos estudantes cegos matriculados no ensino regular o acesso aos diferentes registros de representação semiótica da função quadrática?”. O objetivo geral da pesquisa consistiu na criação de gráficos táteis em alto-relevo e braille, inseridos em um caderno de atividades voltado ao ensino de matemática para estudantes cegos. Participaram da investigação dois estudantes do Ensino Médio, com cegueira adquirida e congênita, além de dois profissionais revisores de textos em braille. Os MR utilizados no estudo foram desenvolvidos a partir dos softwares Monet e Braille Fácil. A Teoria dos Registros de Representação Semiótica proposta por Duval e o trabalho de Cerqueira e Ferreira fundamentaram a pesquisa. Optou-se pela pesquisa qualitativa e o estudo de caso como abordagem metodológica; na análise dos dados empregou-se a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. O reconhecimento por meio do tato das características do apresentadas nos MR foi fundamental no processo de formação de registros identificáveis, contribuindo para que os estudantes efetuassem a associação da parábola ao objeto matemático que ela representa, a função quadrática. Antes de iniciar a construção dos modelos de representação (MR), constatou-se a não existência de documentos oficiais que normatizassem o uso dos gráficos táteis no Brasil, então foi necessário elaborar parâmetros (PR) para a construção de modelos de gráficos e tabelas. Estes modelos foram submetidos à avaliação dos profissionais revisores de braille, que forneceram sugestões de melhorias no material produzido. A partir do processo de experimentação junto aos dois estudantes, constatou-se a necessidade e a importância da realização de leituras guiadas, ao menos nas atividades iniciais, pois este modo de leitura contribuiu para que os estudantes se familiarizassem com o material, atribuindo significado tátil às texturas e relevos. Com base nos referenciais teóricos adotados e nas constatações alcançadas durante a experimentação, foi possível confeccionar um caderno de atividades escrito em braille e a tinta simultaneamente. Constatou-se que este caderno pode contribuir para que estudantes cegos matriculados no ensino regular tenham acesso aos diferentes registros de representação semiótica do objeto matemático função quadrática. Nesse sentido, o item provou-se um material didático adequado e aliado ao trabalho do professor, sendo necessário para que os cegos tenham acesso às representações de objetos matemáticos, sobretudo aqueles que compreendem as representações gráficas e tabulares.</p> LUIS FERNANDO FERREIRA DE ARAÚJO, Rogério de Aguiar Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/920 Dom, 06 Ago 2023 16:25:57 +0000 Material Dourado na Educação Matemática https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/943 <p>Com o intuito de promover a igualdade de condições à matrícula na escola para todos, surgiram normativas, leis e decretos que fundamentam e amparam a Educação Inclusiva no Brasil. Resultante disso, encontra-se a oferta de Atendimento Educacional Especializado (AEE), preferencialmente no ensino regular. Nesse contexto, este artigo apresenta um recorte de uma tese de doutorado cujo objetivo foi investigar potencialidades da Tecnologia Assistiva (TA) no ensino de conceitos matemáticos, nos atendimentos realizados no AEE, além do processo de implementação de tecnologias como recurso pedagógico. Com uma abordagem qualitativa, descrevem-se as atividades pedagógicas com a utilização de TA e do Material Dourado para a aquisição do conceito de número, principalmente da contagem. Participaram da pesquisa dois estudantes cegos e três com baixa visão do Ensino Fundamental e cinco professoras, três do AEE, e duas professoras da turma de aula regular. A partir da análise textual discursiva são descritas algumas atividades relacionadas, por exemplo, ao Material Dourado e ao uso do Real, a moeda corrente nacional, efetuadas pelas professoras participantes junto aos atendimentos do AEE. Diversos recursos foram utilizados em todas as etapas da aquisição do conceito de número. Entre eles, destacam-se a TA Contátil, o Material Dourado e calculadoras. Na apresentação dos conceitos, foram utilizadas interações com os símbolos matemáticos em braille, além de representações de quantidades numéricas utilizando materiais táteis adaptados e diversificados. A consolidação ocorreu com o auxílio de calculadoras e outros recursos de cálculos, enquanto a abstração foi promovida por meio da representação de quantidades e operações com cálculos mentais.</p> Maria Adelina Raupp Sganzerla, Marlise Geller Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/943 Dom, 06 Ago 2023 16:16:56 +0000 Redesign de material didático na perspectiva do Desenho Universal https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/929 <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;Este artigo apresenta o redesign de um material didático para o ensino de álgebra, utilizando os princípios do Desenho Universal. O profissional responsável pelo redesign é um bacharel em Expressão Gráfica, cujos conhecimentos são aplicados na seleção adequada de propriedades físicas dos materiais, como resistência, elasticidade e isolamento térmico, bem como na ergonomia ao desenvolver formatos e tamanhos ideais para cada material, visando o conforto dos usuários finais. Além disso, as habilidades do bacharel em Expressão Gráfica na modelagem tridimensional auxiliam no processo de concepção de materiais didáticos, permitindo a realização de testes com diferentes modelos e alterações rápidas, sem custos adicionais. Com isso, ampliamos uma pesquisa realizada em nível de mestrado que utilizou um material didático desenvolvido para o ensino e aprendizagem de operações com polinômios, conteúdo presente na disciplina de Matemática do Ensino Fundamental com aplicação em uma sala de aula onde havia um estudante cego, embora todos os estudantes também tenham participado da prática, como prevê o Desenho Universal. A pesquisa foi financiada por meio de edital universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A metodologia adotada é abordagem qualitativa e inclui entrevistas semiestruturadas com o estudante cego, além do redesign do material didático com base em sugestões de adequação pelo participante e normas técnicas brasileiras. Conclui-se que o material redesenhado atende aos critérios de um material didático na perspectiva do Desenho Universal. Além disso, fica evidente que o bacharel em Expressão Gráfica possui conhecimentos e habilidades que contribuem para o desenvolvimento de materiais didáticos acessíveis, eficientes e adequados às necessidades dos estudantes com deficiência. Portanto, esse profissional desempenha um papel importante na educação inclusiva, no que diz respeito à produção de materiais didáticos, participando de equipes multidisciplinares.</p> Anderson Roges Teixeira Góes, Gabrieli Jaguszewski da Silva, Márcia Regina Silva Berbetz Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/929 Dom, 06 Ago 2023 16:03:13 +0000 Olhares de licenciandos em Matemática após uma experiência com uma estudante cega de pedagogia e materiais didáticos para a inclusão https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/939 <p>O presente estudo tem como objetivo apresentar as percepções dos licenciandos em Matemática da Universidade Federal do Acre a respeito das vivências com materiais didáticos e com uma aluna cega de Pedagogia em aulas de duas disciplinas do Curso de Licenciatura em Matemática. A pesquisa apresenta caminhos trilhados pela estudante cega, desde a sua integração na Educação Básica até a sua chegada ao Ensino Superior, principalmente com suas vivências com o uso de materiais didáticos adaptados para o ensino de Matemática. Discutimos com base na literatura pertinente sobre a temática de Materiais Didáticos para o Ensino de Estudantes Cegos e também apresentamos a construção de um material didático tátil para trabalhar os conceitos de classificação, ordenação, padrões e regularidades, antecessor e sucessor, inclusão numérica e o uso do sorobã para representação numérica e ensino de operações de adição e multiplicação. Tais materiais proporcionaram uma vivência com licenciandos matriculados no 6º e 8º períodos do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Acre. A pesquisa possui caráter qualitativo, foi realizada com base em uma análise documental e os dados foram coletados por meio de atividades desenvolvidas pelos licenciandos, no âmbito de duas disciplinas do Curso. Como resultado, a pesquisa evidencia caminhos possíveis para uma Educação Matemática Inclusiva. No entanto, conforme relatos dos licenciandos, as vivências em sua formação com situações inclusivas ainda precisam ser mais discutidas na Licenciatura em Matemática, principalmente em vivências com o público da Educação Especial, para que, de fato, possamos fortalecer uma formação de professores na perspectiva inclusiva de estudantes com deficiência visual nas escolas.</p> Salete Maria Chalub Bandeira, Luana Silva dos Santos Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/939 Qua, 09 Ago 2023 18:40:44 +0000 O ensino de Matemática para alunos com cegueira no período pandêmico https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/948 <p>Ao refletir sobre a pandemia da Covid-19 e o afastamento social vivenciados a partir do ano de 2020, muitas instituições educacionais aderiram ao ensino remoto de modo emergencial. Nesse contexto, o ensino de Matemática para alunos com cegueira se tornou mais desafiador, de modo que os professores precisaram repensar suas estratégias de ensino, bem como foi necessário o uso de recursos digitais na concepção de materiais didáticos. Desse modo, neste artigo, objetivou-se conhecer o contexto profissional de um docente de Matemática que atua com o ensino a alunos com cegueira, bem como investigar as metodologias e os recursos digitais adotados por este docente no ensino remoto, que decorreu da pandemia da Covid-19. Para isso, utilizou-se a metodologia qualitativa e exploratória, tendo sido a produção de dados realizada a partir de uma entrevista semiestruturada online por intermédio de uma plataforma de videochamadas. A partir da análise textual discursiva sobre a entrevista, verificou-se, no contexto do professor, de uma instituição especializada em deficiência visual, que há uma preocupação desta e do docente em dispor e utilizar recursos que favoreçam o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos com cegueira. Porém, observou-se também que há uma escassez de mediadores, devido ao aumento de alunos com múltiplas deficiências, ou seja, tendo estes a cegueira associada à outra deficiência. No que tange ao cenário pandêmico, constatou-se que o ensino de Matemática para os alunos com cegueira não pôde ser realizado com metodologias específicas tendo o auxílio de recursos táteis como o soroban e o geoplano. No entanto, observou-se o conhecimento e a utilização de recursos digitais, como podcasts e o Google Sala de Aula, que foram ferramentas acessíveis que auxiliaram na aprendizagem daqueles alunos.</p> Esthela de Oliveira Santos Godoi, Gisela Maria da Fonseca Pinto Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/948 Qua, 09 Ago 2023 18:21:50 +0000 A aprendizagem de trigonometria por estudantes cegos https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/949 <p>A presente discussão versa a respeito do processo de desenvolvimento de competências de seis estudantes cegos diante de tarefas vinculadas a saberes trigonométricos. Historicamente, o acesso das minorias à escola, dentre essas, os estudantes com deficiência, transitou por diferentes fases desde a exclusão até a pretendida inclusão educacional. O fato é que esse fenômeno tem exigido outra compreensão da dinâmica escolar, principalmente no sentido de ser um espaço que busca a garantia de direitos de forma equitativa. Na aula de Matemática, vêm à tona dificuldades que parecem prejudicar o atendimento dos estudantes cegos, o que, frequentemente, acontece em situações em que se empregam recursos com linguagem inadequada às características desse público, sobretudo com forte apelo à visualização, restrita ao sentido da visão. Neste texto, buscar-se-á responder à questão: De que forma estudantes cegos desenvolvem competências relacionadas aos saberes trigonométricos? Dessa maneira, tem-se como objetivo explicar o desenvolvimento de competências trigonométricas por estudantes cegos. Os participantes responderam a 28 tarefas organizadas em 4 blocos a partir de elementos do método clínico-piagetiano. A elaboração e a análise do instrumento de coleta de dados, isto é, o conjunto de tarefas propostas aos seis estudantes e suas análises, foram subsidiadas pela Teoria dos Campos Conceituais, que explica o desenvolvimento de competências pelo sujeito em ação. Os resultados apontaram que os estudantes pareciam conhecer muito pouco sobre os saberes empregados nas tarefas apresentadas, mesmo já sendo escolarizados nesses temas. Apesar disso, o uso de recursos acessíveis com atividades cuidadosamente planejadas, construídas e aplicadas em um cenário de confiança nas suas habilidades demonstraram que a deficiência não impossibilitou a explicitação de competências em saberes trigonométricos pelos estudantes participantes.</p> Evanilson Landim, Lícia de Souza Leão Maia, Wilma Pastor de Andrade Sousa Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/949 Qua, 09 Ago 2023 00:00:00 +0000 Os registros de representação semiótica e o desenho universal para a aprendizagem https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/951 <p>O presente texto visa, além de aproximar duas teorias, trazer para o âmbito da Teoria dos Registros de Representação Semiótica aspectos relacionados às necessidades educacionais específicas dos estudantes com o preconizado pelo Desenho Universal de Aprendizagem (DUA). A Teoria dos Registros de Representação Semiótica do francês Raymond Duval traz como ponto central a necessidade de representar os objetos de conhecimento a fim de que o estudante possa acessá-los. No Desenho Universal para a Aprendizagem apresentam-se princípios que são pensados no intuito de lançarem caminhos possíveis para práticas inclusivas. Em trabalhos anteriores, de 2015 a 2019, Anjos fez uso das lentes de Duval para pensar o acesso semiocognitivo de estudantes cegos a objetos de conhecimento em Matemática. Com algumas respostas e muitas perguntas, procurou-se conhecer o DUA e, na aproximação possível das duas teorias, buscou-se compreender um pouco mais sobre os caminhos para a inclusão efetiva. Além disso, fez-se uma revisão de literatura que teve como intuito encontrar trabalhos sobre a deficiência visual nos quais são utilizados princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem, ou mesmo em relação a outras deficiências, dentro de estudos do campo da Educação Matemática. Como resultados possíveis, percebeu-se que o princípio da representação do Desenho Universal para a Aprendizagem é o elo entre as duas teorias. Conjecturamos como possível a aproximação entre ambas e a necessidade de pesquisas futuras para que possamos realizar a comprovação de tal hipótese. Por fim, ainda indagamos: como representar objetos de conhecimento pode favorecer a construção de práticas inclusivas efetivas?</p> Daiana Zanelato dos Anjos, Clélia Maria Ignatius Nogueira Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/951 Qua, 09 Ago 2023 18:32:24 +0000 Explorando o conceito de área e perímetro por meio da utilização de materiais e recursos acessíveis a estudantes com deficiência visual https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/963 <p>O trabalho tem por objetivo apresentar um relato de experiência que se deu no âmbito da disciplina de Estágio Docente, componente curricular obrigatório para obtenção do título de Mestre da primeira autora, supervisionada pelo segundo autor. O estágio tem por objetivo proporcionar ao mestrando o desenvolvimento da prática docente, voltada para o ensino de pessoas com deficiência visual, acompanhando, de forma estreita, a realidade de uma instituição especializada. As atividades foram discutidas, planejadas,&nbsp; desenvolvidas e aplicadas em uma turma do Ensino Médio Profissionalizante, composta por estudantes cegos e com baixa visão, com a finalidade de explorar o conceito de área e perímetro. Destaca-se o trabalho cooperativo e articulado entre os autores, estabelecido ao longo de trinta horas de estágio, que culminou com uma prática docente, realizada em dois tempos de cinquenta minutos de aula. Foram propostos a resolução de problemas, disponibilizados em braille e em formato ampliado, discussões coletivas sobre os conceitos e definições do objeto de conhecimento em questão, além da utilização de diferentes recursos táteis e materiais concretos. Os resultados apontam para uma experiência de participação ativa dos estudantes nas atividades e discussões propostas e a necessidade eminente de utilização de materiais acessíveis para a compreensão e consolidação dos conceitos estudados.</p> Luana Sampaio, Fábio Bernardo Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/963 Qua, 09 Ago 2023 18:46:57 +0000 Levantamento bibliográfico em plataformas de pesquisa https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/928 <p>&nbsp;A demanda por pesquisas que envolvam a Deficiência Múltipla e, mais especificamente, a Deficiência Múltipla associada à Deficiência Visual no contexto de uma instituição pública de ensino especializada no âmbito federal faz surgir questionamentos que nem sempre são esclarecidos a partir da busca por trabalhos e estudos no meio acadêmico, principalmente no campo educacional. Uma investigação preliminar por bibliografias na área trouxe à tona a hipótese da falta de consenso existente ainda hoje sobre o próprio termo Deficiência Múltipla, além da hipótese de que ainda há poucos estudos neste tema. Neste contexto, a presente pesquisa, relata a terceira parte de uma investigação de bibliografias existentes na área entre os anos 2015 e 2020 no Brasil de modo a proporcionar discussões acerca dos diferentes conceitos da Deficiência Múltipla, contribuir para a ampliação da discussão sobre a Deficiência Múltipla associada à Deficiência Visual, além de verificar a necessidade de novos estudos que preencham as lacunas encontradas ou pouco exploradas. O estudo utilizou, então, duas plataformas de busca para a realização do trabalho, periódicos CAPES e SciELO, com o uso de descritores selecionados. A metodologia utilizada foi o Estado da Arte – um tipo de pesquisa bibliográfica –, e dividiu-se o trabalho em três momentos de análise. A primeira etapa, quantitativa, incluiu a busca dos dados coletados nas plataformas selecionadas. A segunda etapa, quali-quanti, contemplou uma análise mais detalhada das bibliografias encontradas, com o objetivo de verificar os dados sob a perspectiva bardiniana e separá-los por categorias. Por fim, uma vez que as etapas um e dois já foram apresentadas e publicadas, focamos, neste artigo, na terceira etapa, em que os dados foram novamente analisados, agora a partir de uma leitura minuciosa que incluía a discussão acerca da relação entre os dados encontrados e a motivação inicial da pesquisa, utilizando-se agora apenas dois dos cinco descritores analisados inicialmente: Deficiência Múltipla na Educação e Deficiência Múltipla na Educação Inclusiva. Os resultados indicam um número ainda muito pequeno de bibliografias na área, bem como evidenciam divergências conceituais entre as bibliografias encontradas e uma lacuna ainda sobre relatos da prática pedagógica.</p> Bárbara Braga Wepler, Dayana Miranda dos Santos Bandeira, Ivan Finamore Araújo, Maria do Socorro Fortes de Oliveira, Renata Martins de Oliveira, Yole Matias Silveira de Assis Krüger Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/928 Dom, 06 Ago 2023 15:55:18 +0000 A utilização de quebra-cabeça tátil interativo no ensino de Geografia para alunos com deficiência visual https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/945 <p>O ensino de Geografia para alunos com deficiência visual traz o desafio de apresentar conceitos que são abstratos e que, inicialmente, dependem do sentido da visão para sua compreensão, de uma maneira que esses estudantes também possam se apropriar desses conhecimentos. Para esses alunos o processo de ensino-aprendizagem é mais significativo quando todos os envolvidos no processo educacional têm a compreensão de que a falta da visão, ou o seu comprometimento, não é um fator impeditivo, apenas requer estratégias criativas. Os discentes que não enxergam ou que têm limitações no seu campo visual demandam acessibilidade nas práticas pedagógicas e nos materiais didáticos levando em consideração os seus sentidos remanescentes. É por meio da audição, do tato, do olfato e do paladar que esse grupo interage com o ambiente que o cerca. Dessa maneira, é de fundamental importância que esses sentidos sejam utilizados como canais de percepção dos conteúdos disciplinares. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão sistemática da literatura acadêmica nacional sobre o ensino dos conceitos geográficos de região e território para alunos com deficiência visual por meio da utilização de quebra-cabeça tátil interativo. O método utilizado foi a revisão sistemática da literatura. Os trabalhos selecionados durante o refino das informações encontradas demonstram o espaço que ainda existe para a produção acadêmica na área da deficiência visual no contexto educacional. Os resultados apresentados destacam que existe um processo que precisa ser respeitado para a validação dos recursos educacionais que visem à acessibilidade dos conteúdos disciplinares para os estudantes com deficiência. É de suma importância que esses artefatos sejam testados junto a revisores especializados e aos sujeitos aos quais são destinados. Por fim, ressalta-se que a acessibilidade de conteúdos educacionais depende do conhecimento prévio das condições e das potencialidades do seu público-alvo. No caso dos estudantes com deficiência visual, os sentidos remanescentes devem ser levados em consideração no momento da elaboração e da construção dos produtos que tenham a pretensão de proporcionar uma aprendizagem significativa para esses indivíduos.</p> Dirlan Justino Lece da Silva Copyright (c) 2023 Benjamin Constant https://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/945 Qua, 09 Ago 2023 00:00:00 +0000